ANDANDO POR AÍ - 31

Reedição

Trata-se do MAR de MINDE, ou POLJE de MINDE, ou ainda LAGOA de MIRA de AIRE !!! …

Acontece é que ao longo das eras geológicas (milhões de anos) estas águas se foram infiltrando através do calcário uma rocha bastante solúvel, e se criaram redes de galerias subterrâneas, entre grutas e algares.

A circulação de águas subterrâneas faz-se no seu essencial por redes de galerias com secções que vão dos pouco centímetros às várias dezenas de metros.

Toda a região do Parque Natural da Serra de Aire, Candeeiros e Stº António, é essencialmente calcária, uma rocha muito fissurada que normalmente não consegue reter a água das chuvas. Mas o subsolo por debaixo do polje é impermeabilizado, muito provavelmente devido a uma zona argilosa. Assim, sempre que chove, o nível da água sobe através dos próprios poços de água, e inunda o vale.

Assim se foram criando as Grutas de Mira d’Aire, de Stº António, de Alvados, da Moeda, das quais a 1ª é a mais importante e apenas a 15 kms de Fátima.

Esta Gruta tem cerca de 10 kms, dos quais estão abertos ao público 600 metros numa profundidade percorrida de 230 metros, com cerca de 680 degraus e iluminada por cerca de 3 mil lâmpadas !!!

Fotos das Grutas , algumas com formas muito estranhas ! ;))

 Na 1ª edição, acertaram :

Rosa dos Ventos,  São,   cantinhodacasa,   Majo,  Sonhadora

Na 2ª edição :

M.A.A,   Janita,   flor de jasmim

Obrigado pela presença a :

ematejoca,  Nina...,  redonda,  Portugalredecouvertes,  Pedro Coimbra

Actualização :

Vejam aqui, “quase” a foto de abaixo, mas sem água ! Esta é aliás a aparência mais habitual deste local, mas como já dito, aqui se forma uma extensa lagoa em determinados períodos, …

“quando as condições de pluviosidade excedem os valores considerados normais e os terrenos atingem um nível tal de saturação que não lhes permite absorver mais água.
Acontece em zonas de geologia calcárea, em que a erosão ao longo das eras geológicas fez já "estragos" consideráveis.
Sendo uma rocha bastante solúvel, o calcário cria redes de galerias subterrâneas.

A circulação de águas subterrâneas faz-se no seu essencial por redes de galerias com secções que vão dos pouco centímetros às várias dezenas de metros e não por lençóis e estratos mais ou menos porosos.
Na verdade, não existem rios de superfície nestas áreas, eles tomam a forma subterrânea e só aparecem à superfície, já na periferia dos maciços calcáreos.

Um lençol de água subterrâneo que inunda o vale sempre que chove muito. E por isso, no pico de Agosto o falso lago desaparece, ficando reduzido a uns pequenos charcos de água barrenta.

Com cerca de 2,5 quilómetros de cumprimento e mais de 800 metros de largura, este mar, como é conhecido na zona, pode proporcionar muitas horas de gozo aos praticantes de desportos aquáticos. Com uma profundidade máxima que chega a ser superior aos 15 metros na zona central, e perto das margens a rondar os quatro metros, reúne óptimas condições para o mergulho com botija.
A canoagem é outra das melhores formas de aproveitar este universo invulgar.

… e além disso , outros fenómenos geológicos de que ainda falaremos !


INICIAL :

Este post encerra esta série do "Andando por aí", a seguir ao qual, haverá um "exame de frequência" do  5º ano de blog e de "pesquisas" (evidentemente, para "voluntários"), que "sairá" no dia 24/10 com 10 questões !

Esta foto, que não é minha, representa um "fenómeno" da natureza, em determinada zona (local) do nosso país, no qual, uma determinada enorme área seca se enche de água durante determinados períodos de chuva intensa (e não anualmente, mas de anos a anos e sem periodicidade), no qual, inclusive, se praticam desportos náuticos, formando uma lagoa,... um autêntico "mar", como é visível na foto e no qual, inclusive, se praticam desportos náuticos !
Tive ocasião de presenciar  in loco esta paisagem, mas completamente seca !

A explicação deste "fenómeno" reside no seguinte facto :

Em zonas em que há rios, estes são formados, para além da sua nascente, pelas chuvas que escorrem das montanhas em sua direcção e daí seguindo para o mar; 
em determinadas zonas (raras) onde eles não existem (à vista) por condições morfológicas e geológicas dos terrenos, especialmente de natureza calcária de grande extensão e profundidade, a água vê-se "impedida" de escoar por infiltração, nos terrenos e o "fenómeno" acontece com implicações curiosíssimas, originando outros "fenómenos" de que falaremos seguidamente, neste post !

Para já :

Saberão por acaso, ao que me estou a referir e em que local ? ...

(Comentários moderados)