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MÃE,... não tem "Dia" ! ...
Dedicado a quem já não tem mãe.
(Só quem a perdeu lhe saberá dar o devido valor.)
Um carinho muito especial e terno às mães que por aqui passam.
Mãe
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti — não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto — sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Miguel Torga
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Este poema faz os olhos como que embaciados...
ResponderEliminarTenho mãe embora os papéis já se tivessem invertido.
Obrigada pela homenagem também a quem é mãe!
As fotos são um mimo.
Abraço. : )
Mãe há só uma!
ResponderEliminarÉ uma frase dita, repetida e verdadeira.
Eu também a tive e continuo a Tê-la na lembrança.
Mas não tenho o colo onde me aconchegava.
Mas não tenho as suas mãos que me acariciavam a cabeça em intermináveis momentos de ternura.
Mas não tenho a sua voz ralhando-me porque fiz o que não devia.
Mas não tenho os seus beijos.
Mas não a tenho aqui, ao pé de mim!
As mães não deviam morrer...
1 abraço, pah!
Eu sou/fui uma privilegiada. Tive 2 mães.
ResponderEliminarAgora só já tenho uma, mas faz-me tanta falta a serenidade daquele olhar da cor do céu, que não precisava de palavras para me perceber!
A minha avó foi, durante 32 anos, a minha princesa e mãe, que me protegia e que eu adorava proteger e beijar.
A minha mãe, filha dela, foi até há bem pouco tempo atrás mais filha do que mãe. Habituei-me a ver nela um ser frágil e fragilizado pelas agruras da vida.
É a única mãe que tenho, agora, e já me vejo, outra vez, a protegê-la...e a ouvi-la.
Olho para a última frase do Kok e faz-me lembrar um episódio menos feliz da minha vida, de que tu, amigão, tens conhecimento...com a tua Lena.
Recordo-me de pensar "Uma mãe nunca morre. Uma mãe não pode dar-se ao luxo de morrer." Se nos fortalece algumas vezes, outras tantas põe-nos de rastos, sobretudo naqueles imensos momentos em que olhamos as mãos pequeninas de um filho que tanto precisa de nós.
Mais palavras para quê?
Emociono-me sempre que penso nas minhas mães e em mim, como mãe, tão parecida à que mais admirei.:)
Um gde beijinho
Obrigada, Rui, pelo poema e pelas fotos cheias de ternura!
ResponderEliminarAbraço de mãe sem mãe...
Ó Rui, tu és um homem tão carinhoso.
ResponderEliminarPor que nos pões a chorar?
A Mãe está , aqui, dentro do coração.
E o Pai também.
As imagens provam que os animais não falam mas são o equílbrio da natureza e uma lição para o Homem.
Beijinho
Quando a minha mãe morreu há cinco anos, passei dias e noites a recitar, ou melhor, a dizer em voz alta este poema do meu querido Torga, que também era transmontano como a minha mãe.
ResponderEliminarAté ao dia de hoje o dó do luto nunca desatou.
PS: Tenho andado afastada por razões familiares, mas vou voltar devagarinho...
MUITO LINDO! Tocante, mesmo. Do poema nem vale a pena dizer seja o que for, de lindo e de forte que é. Também não admira - é do Torga! E as imagens - uma doçura.
ResponderEliminarA minha mãe partiu há 23 anos e não há um dia em que não esteja comigo.
Obrigada pela parte que me toca - e tocou muito...
Como não ficar arrepiado ao ler este poema do grande Miguel Torga!
ResponderEliminarE tocou-me ao sentimento. A minha mãe - Encarnação -, agora com 84 anos, tem andado a queixar-ser que não anda bem. Está lá longe, no Casal, em Viseu. Sei que os meus irmãos mais próximos não lhe faltam com nada, com todo o apoio necessário, mas sinto que devia ir mais vezes a Viseu.
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A minha mãe,sempre que nos encontramos, põe-se a olhar, olhos nos olhos (sou o filho mais velho, de 5), e diz-me, invariavelmente:
- És tal e qual o teu avô, o meu pai.
E continua:
- Alto, esguio, olhos azuis, parece que o tenho à minha frente.Parece que o estou a ver, montado no seu cavalo, cheio de vida e entusiasmo.
- Ó mãe, veja lá que até eu me lembro do dia em que ele morreu, devia ter uns 6 ou 7 anos.
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Tenho mesmo que ir visitá-la.
Urgentemente.
Um abraço
António
Adorei as fotos e a ternura que nelas transparece!
ResponderEliminarTorga é Torga e está tudo dito! Tenho a felicidade de ainda ter mãe presente e viva, não considero que só se dê o justo valor a uma mãe após a sua morte! :)
Todas/os
ResponderEliminarE dizem vocês, meus queridos Amigos que o post “embacia os olhos”, que “é ternura”, que “emociona”, que “faz chorar”, que “é tocante”, que “arrepia” !...
... Então que dizer das vossas sentidas palavras que me causaram a mim todos esses sentimentos em cada leitura, de cada comentário ?! ...
Vocês disseram tudo o que haveria para dizer !
Apenas mais uma “recomendação” para quem ainda tem a felicidade de ter a mãe, fisicamente :
Visitem-na sempre que isso for possível, encham-na de beijos , por descabido que isso lhes possa parecer em determinadas situações ; desculpem-lhe todas as pequenas “faltas”, próprias da idade ou das circunstâncias !
Naturalmente, a mãe vai-nos deixar mais tarde ou mais cedo e depois será tarde, por impossível .
A quem já a perdeu, dediquem-lhe uns segundos de uma meditação muita terna e de agradecimento por tudo que elas passaram para fazer de vós as pessoas maravilhosas que são !
Obrigado, Catarina, Kok, Nina, Rosa dos Ventos, cantinhodacasa, Ematejoca, Carol, as-nunes, Teté e desculpem-me a “lamechice” !
Um Grande Abraço !
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Belissimas e ternas as fotos.
ResponderEliminarPela minha parte, muito obrigada !
Boa semana
São
São
ResponderEliminarUm beijinho, São ! :))
Uma Boa Semana !
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