22/09/2011

TRANSSEXUALIDADE (CAPRICHO ?... )

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Ok !... O casamento entre homossexuais está legislado e isso não me aqueceu nem me arrefeceu. Agora, já será de me questionar se isso teria sido uma medida prioritária num país que tinha muito mais coisas para legislar e com maior urgência.

Dado que, como também não vejo qualquer problema ou tipo de dificuldades criadas, na vivência em “união de facto” entre casais heteroxessuais, nem onde resida nisso qualquer “prejuízo”, também , não vejo qual a necessidade urgente dessa medida, então legislada mas, ... adiante.

Condenar a homossexualidade, gay ou lésbica, sim, isso é um autêntico disparate !
No meu ponto de vista, condeno isso sim o “espectáculo” degradante dos cortejos homossexuais, quando fazem dessas demonstrações autênticos carnavais !

Isso revolta-me e faz-me nojo !

Agora, muito mais urgente seria, resolver o drama dos transexuais com a criação de legislação que facilitasse a alteração oficial (no papel) do seu género e nome, nos registos civis e a assistência psicológica e cirúrgica gratuitas em hospitais civis. Esses sim, vivem em verdadeiro drama, com total marginalização pela sociedade, repudiados e vítimas de escárnio e de incompreensão, não encontrando na maior parte das vezes outro caminho que não a prostituição, para sobrevivência.

Dado que o nome civil não corresponde muitas vezes à própria imagem, naturalmente alterada pelas alterações físicas e fisiológicas, há casos até, de impossibilidade de um simples embarque em avião porque a foto não condiz com o nome.
Habitualmente sentem-se um ”fardo social” para a família, os amigos afastam-se, a sociedade repudia-os e sentem-se psicologicamente destruídos.

Ser homossexual já deixou de ser um drama mas “isto” continua a sê-lo e é preciso pôr-lhe termo, ou atenuá-lo, para bem das nossas consciências.

É uma realidade que se deve compreender e respeitar, para que acabem as humilhações de quem, sem nada fazer por isso se tornou vítima duma sociedade ignorante.

Há quem lhes chame aberração da natureza, caprichos de ordem sexual, que são assim por opção, há quem faça conexões com a prostituição, há simplesmente quem se ria e faça escárnio. É na realidade um tremendo drama de que nenhum de nós está livre de ver ocorrer em qualquer membro da família mais jovem. Se cada um de nós pensasse um pouco no que isso poderia representar para si, ah!... certamente que as mentalidades mudavam e de que maneira !

"Elas/eles", não tiveram culpa nenhuma de assim serem, de terem um corpo que não corresponde à mente. Deve ser terrível, frustante, embaraçoso, humilhante, psicologicamente destruidor e nem é possível sequer imaginar o que tudo isso representa, por quem está de fora.

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27 comentários :

  1. "Elas/eles", não tiveram culpa nenhuma de assim serem, de terem um corpo que não corresponde à mente. Deve ser terrível, frustante, embaraçoso, humilhante, psicologicamente destruidor e nem é possível sequer imaginar o que tudo isso representa, por quem está de fora.

    Realmente é caso para pensar. Eles não tem culpa de serem assim e nós muitas das vezes temos culpa de sermos como somos. Incompreensíveis para com aqueles que às vezes precisam de serem compreendidos.
    Agora quanto à prioridade a que se referiu no princípio deste post, talvez se compreenda se pensarmos nos votos que se iriam obter ao aprovarem o Casamento Igualitário.

    Um abraço

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  2. Mas essa história da identidade já está resolvida, penso eu!
    O PR já assinou...
    A manter-se era uma situação completamente discriminatória!

    Abraço

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  3. Desenvolvidos por fora mas ainda tacanhos por dentro - muitos de nós. As mentalidades evoluem muito devagar.

    Coitado de quem tem de passar por descriminações - destas ou doutras!

    Beijo

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  4. cantinhodcasa22/9/11 19:23

    Os portugueses são "modernos" para umas coisas e "tacanhos" para outras.
    Quantos programas de televisão já mostraram casos destes e nada foi feito?

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  5. Todos
    A Rosa dos Ventos alertou, estive a verificar e realmente, após um 1º veto Presidencial em Fevereiro deste ano (2011), a proposta foi novamente submetida ao Presidente, que então teve de a promulgar !
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/parlamento-transexuais-cavaco-silva-veto-presidencia-tvi24/1223903-4071.html
    http://www.tvi24.iol.pt/politica/transexuais-mudanca-de-sexo-tvi24-parlamento-cavaco-veto/1233856-4072.html
    Não consegui confirmar se se trata apenas de uma questão de ordem civil (identidade, mudança de nome e de género), ou se engloba também todas as questões de ordem médica multidisciplinar.
    O meu obrigado à Rosa dos Ventos.
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  6. Teófilo Silva
    Bom ! … mais vale tarde que nunca ! :)
    Quanto às prioridades continuo a pensar do mesmo modo, sendo certo que em termos de captação de votos teria muito mais impacto !

    Abraço, Teófilo ! :)
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  7. Rosa dos Ventos
    Obrigado ! Já corrigido ! Acontece é que tinha sido vetado em Fevereiro de 2011 e não me lembrava que tivesse novamente sido submetido até porque entretanto e pouco tempo após a AR foi dissolvida !

    Beijo
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  8. Paulofski
    Posto à parte o esclarecimento introduzido, seja como for, a matéria em questão não poderá oferecer qualquer contestação ! :)
    Obrigado, paulofski ! :)
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  9. Carol
    Como disse já, mais vale tarde que nunca ,… e foi tardíssimo !
    Quanto drama por esse Portugal fora e o maior problema é que, apesar de já legislado, ainda haver muitíssima gente que não conseguia e não consegue avaliar o drama destas pessoas !
    Coitados deles e das respectivas famílias !
    Beijo
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  10. Cantinhodacasa
    Terrível tacanhês a de tantos ! ((
    Como disse acima, não sei se “todo o processo” está resolvido ! Há que ter em conta todo o processo médico (multidisciplinar) ! O reenquadramento na sociedade não deverá ainda ser nada fácil !

    Bj
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  11. Caro Rui
    Estou um bocado dentro desta e de outras problemáticas relacionadas com a discriminação/exclusão/violência em relação ao género, raça,religião, etc...
    O processo é de facto multidisciplinar e vai-se indo devagar!
    Mas o "caminho faz-se caminhando" - é uma frase feita mas não me lembro de outra!
    Promover a Cidadania com uma forte componente de Tolerância levar-nos-á a uma Democracia mais consistente!

    Abraço

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  12. Concordamos tanto com o teor do post,como na forma como abordaste...
    Abraço blogosférico

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  13. Rosa dos Ventos
    Compreendo que tenha que ser um processo lento ! Todos temos que “aprender” com ele . As questões de toda a ordem em causa, são vastíssimas. Nestes casos, não se podem fazer as coisas à pressa a “despachar” caso a caso ! Não basta fazer uma cirurgia e mudar um nome. É muitíssimo mais complicado e é bom dar passos seguros !
    Importantíssimo já seria, antes de mais, a promoção da tolerância e da compreensão e respeito !
    Podes ajudar neste post, caso necessário !
    Obrigado, Rosa ! :)
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  14. Donatien
    Fico muito satisfeito com essa apreciação, caro Donatien !

    Grande abraço !
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  15. Talvez se eles e elas fossem aceites naturalmente, como se aceita um heterossexual, não fosse necessário tentarem afirmar-se com as “gay parades”. Por outro lado, estas são fontes de receita para a cidade que as organiza...
    As mentalidades de algumas pessoas continuam de uma tacanhice insuportável. “Vivam e deixem viver”. Deveriam canalizar as suas energias para ajudar o vizinho, o próximo, que sofre em silêncio. Esquecem-se que os “telhados são de vidro”.

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  16. Há dias "apanhei" no FB um vídeo muito interessante que mostrava a postura duma criança perante dois gays!
    Como tenho de o procurar para uma conversa alargada com um determinado grupo profissional talvez consiga encontrá-lo e mandar-to!
    A Tolerância é um princípio que preside a todos os meus comentários! :-))

    Abraço

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  17. Concordo com as tuas palavras Rui e assino por baixo.

    Beijinho :)

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  18. Catarina
    Na minha opinião as “gay parades” só têm servido para “desacreditar” o natural facto da existência de gays e lésbicas. Como “naturais” que são, deveriam utilizar uma postura normal, tal como os heterossexuais, sem recurso a demonstrações patéticas e ridículas, como as que vemos e não conduzem a nada de positivo para a “sua causa” !
    Pelo contrário, isso contribui para a manutenção da dúvida, da desconfiança e da falta de seriedade daquilo que poderia e deveria ser natural e perfeitamente aceitável !
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  19. Rosa dos Ventos
    Obrigado, Rosa. Tenho a impressão que cheguei a ver. Dois pais a “tentarem explicar” ao filho a razão de ser de estarem juntos e ambos serem seus pais, o que acabou por ser naturalmente aceite pela criança, que como criança, mostrou uma capacidade enorme de compreender e aceitar a situação.
    As crianças são um exemplo, extraordinário !

    Não resisto a colocar um diálogo entre o meu neto (Ele) e meu filho (EU) :
    No carro a caminho de casa:
    Ele – Pápi, não entendo como é que um rapaz pode gostar de outro rapaz.
    Eu – Como assim Lucas?
    Ele – Não entendo como dois rapazes se podem amar !?
    Eu – Olha, o amor é igual quer sejam homens, mulheres ou homens e mulheres.
    Ele – Se forem meninas eu entendo…
    Eu – E se forem rapazes, qual é a diferença?
    Ele – As meninas são bonitas, até podem gostar uma da outra.
    Eu – Lucas, isso é aos teus olhos, as meninas são mais bonitas. Aos olhos de alguns rapazes os outros rapazes é que são bonitos. O amor depende de outras coisas, certo?
    Ele – Pápi, entendes que eu não entenda, não entendes?
    Eu – Claro que entendo Lucas e tu também vais entender como isso funciona…
    Ele – Está bem!
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  20. Maria
    Óptimo, Maria ! … não seria de esperar outra coisa de pessoas inteligentes e com mente aberta ! … mais problemática é essa compreensão por parte de pessoas mais velhas e que tiveram uma educação baseada em padrões morais e distorcidos de outras épocas !

    Beijinho !
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  21. Desconheço como são os factos em Portugal, pois na Alemanha nunca houve nenhum problema deste género desde que lá vivo.

    Saudações de Vila-Nova-de Gaia

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  22. Há anos atrás tive um aluna(menina) que se assumia como rapaz. Foi terrível.
    Não me parece que seja tanto um capricho.
    Há tendências que nascem connosco.
    Nem é bom pensar no que será ter um corpo que não se aceita.
    beijinho e bom fds!

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  23. Ematejoca
    Há tempos surpreendeste-me quando me disseste que a sociedade alemã era bem mais fechada que a portuguesa, em termos, por exemplo, da emancipação da mulher ! Mais perplexo fico agora, quando me dizes que nunca houve um problema destes desde que lá vives !
    Ora se em Portugal estão contabilizados cerca de 300 casos destes, em 10 milhôes, como será possível que “aqui ao lado” não haja nenhum ?...
    Só se pode entender que “estas coisas” são escondidas da sociedade !!! …
    Faço uma pequena ideia como viverão os que padecem deste terrível sofrimento às escondidas ! :((
    O assunto é mesmo “tabu” e muitíssimo mais dramático do que eu imaginava !

    Beijo :) (para V. N. de Gaia) !
    .

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  24. Nina
    Nunca “capricho”, Nina ! :(( … Grande drama, sim ! … e tanto maior quanto se aproxima a puberdade, a adolescência e a maior consciência do “género sexual” !
    Esta falta de “identidade” deve ser das coisas piores que podem acontecer a alguém ! Repare-se que isto não tem nada, mesmo nada, a ver com homossexualidade. Aqui ainda resta uma identidade! Não é pelo facto de se ser homossexual, gay ou lésbica que se deixa de ser homem ou mulher ! No caso da transsexualidade isso não acontece !
    É grave e sério demais para ser encarado levianamente !

    Bj e bom fim de semana, Nina !
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  25. Não tenho relação sexual a mais de dez anos ...seria eu transsex ?? Visto roupa intima desde os meus 8 anos ...por favor estou perdido ne ajudem ..pasmem...tenho 50 anos

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    Respostas
    1. Olá hamily

      Os teus "dados" são muito limitados e não dão para entender bem a situação ! (?)

      Falas ...dos 8 aos 50 ?... e será que ainda não tens certezas ?...
      Creio eu que a relação sexual pode ser mantida de uma maneira ou de outra, desde que gostes de outra pessoa, masculina ou feminina de género !?...
      Felizmente que nos dias de hoje essa questão da transsexualidade está legislada e nos últimos 3 anos cerca de 3oo pessoas já puderam optar pela mudança de género (nome, BI e grande parte deles até da mudança cirúrgica de sexo !
      Nestes casos ( e é isso que eu estranho no teu comentário) o normal é arranjar-se um psicólogo/a a quem se exponha a situação e ele/a encontrará as saídas e dará toda a orientação. Claro que haverá tratamentos hormonais e uma série de acompanhamentos por equipas multidisciplinares.
      Há também Associações ligadas a isso que poderão fornecer dados e orientação !
      Espero que consigas encontrar "saídas" para a tua situação, que não é assim tão estranha e rara como se possa imaginar !
      Socialmente essas situações, hoje, já são bem aceites e têm a compreensão de toda a gente (quase), não deixando, mesmo assim de envolver muitas dificuldades de vária ordem.
      O que é preciso é encarares isso a sério e tratares de resolver a questão segundo a tua orientação de género, com ou sem cirurgias. Isso é para uma segunda fase !

      Abraço !

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