RECONHEÇAMOS QUE SOMOS FELIZES !
Já pensaram (ou não sabiam? ) que fazemos parte dos cerca de 30 países mais ricos do mundo (dados de 2005 - PIB/cap) de entre cerca de 250 e dos quais a ONU reconhece cerca de 200 e que, como tal, podemos viver ?!
Já se lembraram que a maior parte da população mundial vive em condições extremamente degradantes e desumanas, de frio e fome ? ...
Já se lembraram que a situação de crise de que tanto falamos é um luxo que não passa pela cabeça da maior parte dessa população, que nem imagina sequer que se possa viver como nós ?
Poderemos dizer que estávamos habituados a viver melhor e que com o mal dos outros passamos nós bem! ... Será ? ... Será que poderemos e devemos dizer ou sequer pensar ?...
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Estes humanos e outros animais, não podem escolher a temperatura que querem, mas somente aquela que podem.
Outros, os das cidades, que não podendo fazer a sua fogueirinha na via pública, se vão esquivando do frio no interior das estações de Metro, ou nos "aquecimentos descentralizados" dos recantos das entradas de algumas casas comerciais, cobertos com uns pobres cobertores, ou no interior de caixas de cartão...
Curiosamente há tempos estive em Colónia (Alemanha) e vi, ao princípio da noite, (talvez 22/23h) um carro da polícia a circular pela cidade a "prender" indivíduos nestas condições (???).
Perguntei porquê e explicaram-me: "não se trata de prisão, mas sim de recolha destas pessoas para lhes dar de comer e abrigo em local condigno", sem frio.
" ãããhhhh !!! ... é como em Portugal !!!" :(((
Dirão : Um pouco baralhado, não ?... "uma no cravo, outra na ferradura", mas a realidade é muito relativa !
A interpretação fica à consciência de cada um.
(fotos: agências internacionais e net)
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Devo esclarecer que a última foto é quase de certeza tirada em Lisboa, na Avenida da Liberdade...
ResponderEliminarQuanto ao resto, todos sabemos que somos uns privilegiados, se nos compararmos com todos os pobres e miseráveis do planeta. Mas que estamos a caminhar mais na direção desses, sem conseguirmos manter o mesmo nível, não tenhas dúvidas. Isto a nível de país, porque se formos ao individual, já temos cá muitos pobres a lutar pela sobrevivência...
Tanto a comentar e que até se pode reduzir a uma palavra: tristeza!
ResponderEliminarQuanta "riqueza" inaproveitada e tanta gente com falta dela.
Armamentos: mares, (oceanos) de dinheiro gastos para matar pessoas enquanto outras mais morrem sem sustento em campos de refugiados...
Alimentos: destruídos para que os preços se mantenham...
Estou a desviar-me do tema.
Se fazemos parte dos 30 países mais ricos do mundo, não é o que parece.
Ou então os seguintes nem imagino como serão...
Somos um país mascarado com uma bonita farpela de palhaço rico, escondendo por baixo os trapos mal alinhavados e rotos de quem não tem como viver.
Há, no entanto, quem esteja pior que nós? Pois há!
Muito pior, até!
E talvez (ainda) tenhamos hipótese de não chegarmos/baixarmos a esse nível.
Talvez!!
1 abraço!
Teté
ResponderEliminarTrata-se apenas de um post de "reflexão" sem quaisquer outras intenções. Claro que como eu digo apresenta uma série de "factos baralhados" e sei que a apreciação é muito relativa e susceptível de opiniões muito variadas, que não rebaterei.
Sobre a última foto, não sei realmente a sua origem, mas encontrei este link que me encheu de orgulho :
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1723481
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Kok
ResponderEliminarExcelente reflexão ! Era o que se pretendia.
Muito haveria a comentar sobre o tema (ou temas)!
Como já disse não rebaterei os comentários.
O assunto presta-se a muitas e certamente diversas opiniões.
Levanto uma questão: Será que o conceito de felicidade e bem estar é ou não relativo (por comparação), em função do que se conhece do mundo ? ... Será que quem vive numa aldeia da selva com fome, perigos e frio, poderá não ser tanto ou mais feliz que nós ?...
Abraço, Kok ! Obrigado :))
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Pois é, tem alguma razão. Mas ninguém nos pode levar a mal a cada um de nós a aspirarmos sempre a melhor! As imagens que aqui deixou são o limiar mais baixo do que a natureza humana aguenta - muito tristes e impressionantes. Prefiro almejar à realidade sueca ou dinamarquesa...
ResponderEliminarBeijinho
Amigo Rui, efectivamente o que é riqueza ou pobreza, é relativo. Para mim riqueza, é viajar e conhecer o mundo inteiro. Para o meu marido, riqueza é ter um automóvel da marca Xpto.
ResponderEliminarNo entanto existem as necessidades básicas e a essas, todos devíamos ter acesso: alimentação, habitação, saúde e educação.
O resto... o resto é qualidade de vida que difere de indivíduo para indivíduo.
Não sei o que se passa com os comentários da Carol que me entram no gmail, mas não no blog ! Foi este :
ResponderEliminarCarol disse …
Pois é, tem alguma razão. Mas ninguém nos pode levar a mal a cada um de nós a aspirarmos sempre a melhor! As imagens que aqui deixou são o limiar mais baixo do que a natureza humana aguenta - muito tristes e impressionantes. Prefiro almejar à realidade sueca ou dinamarquesa...
Beijinho
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Caro confrade Rui da Bica!
ResponderEliminarSua inquietante publicação deixou-me cá a refletir sobre a premissa o "TER" em detrimento do "SER".
Também lembrei da Christina Onassis que era riquíssima, mas não era feliz e deixou de existir aos 37 anos...
Caloroso abraço! Saudações existenciais!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP
Carol
ResponderEliminarÉ até um dever nosso ! Aspirar ao melhor ! :))
… O que não invalida o que eu tinha dito anteriormente: o conceito de felicidade, riqueza e bem estar é puramente comparativo . Ele existe apenas em função de “padrões”. Do conhecimento que temos dos outros. Falas em 2 países que conheço localmente e de que conheço muita gente (profissionalmente).
Tenho um amigo, director de uma empresa dinamarquesa com quem conversava muito, cá e lá, sobre estes assuntos. Ele achava estupendo o “nosso nível de vida” pela utilização que damos ao carro e pela frequência nos restaurantes. Segundo ele, lá não tinham possibilidades financeiras de manter um nível de vida como o nosso !!!! …
O que se passa é que o conceito de vida e mentalidade é completamente diferente do nosso.
O dinheiro é preciso para férias a conhecer o mundo, viajando, para poupança para a reforma e para desfrutar do máximo de comodidade e conforto em suas casas ! … Andar de carro ou ir comer fora é um “luxo” demasiado caro e prescindível !
Não sei se sabem também que na Suiça há um tecto salarial de reforma que (julgo) não ultrapassa os 2000 € ! Daí a necessidade de não “gastar” no que não é imprescindível para poupar para a velhice.
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Turista
ResponderEliminarLá está ! Pontos de vista diferentes, de acordo com o meu comentário à Carol que se pode aplicar a este perfeitamente.
Quanto às necessidades básicas, o que eu acho é que os governos têm que fazer uma gestão dos nossos dinheiros (e lembrem-se que não são outros), tal como se fossemos nós a aplicá-lo. Só que isso (por nós) seria impraticável ! Para isso contribuímos com os “nossos” impostos colocados ao serviço público.
Temos que entender que quando exigimos mais um hospital, uma estrada, mais professores numa escola ou médicos no hospital, mais polícias nas ruas, aumentos aos funcionários públicos, tudo isso é do nosso dinheiro que se trata. Se o governo o esgotou terá que vir pedir-nos mais ! Foi isto que aconteceu e está a acontecer !
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Prof Ms João Paulo de Oliveira
ResponderEliminarBelíssimo exemplo, caro Prof ! … mais uma prova de que o dinheiro não tem nada a ver com a felicidade !
Para além do mais, felicidade, em função de um padrão, pode deixar de o ser quando se atinge um limiar superior e impossibilidade de ultrapassar esse limite !
Não deixa de ser curioso que na Suécia, país rico e habitantes com alto limiar de riqueza, tem um dos maiores índices de suicídio do mundo !
Na vida, é muito mais importante a “caminhada” para um objectivo (aí somos felizes) do que a concretização desse objectivo ! Para nos continuarmos a sentir felizes teremos que criar novos objectivos e novos caminhadas !
Só atingimos a felicidade durante o percurso e enquanto não se atinge o objectivo !
Abraço !
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As fotos dizem muito e chocam.
ResponderEliminarMas nós fazermos parte dos cerca de 30 países mais ricos do mundo??? Esquisito. Só se for no que se vê país abaixo/acima: auto estradas e prédios.
Vendo a miséria de grande parte da população mundial, nós somos privilegiados.
Se há crise, temos de aprender a viver com ela, por mais que nos custe aceitar que nos tirem aquilo que era/é um direito nosso.
Beijinho
Estas imagens, tão diferentes da vida que temos, dão que pensar e perguntar a nós próprios "Queixo-me de quê?"
ResponderEliminarNão todos, claro, mas muitos dos vivem hoje como mostram as duas últimas imagens, já foram e viveram como nós...só Deus sabe o que os levou a isto, uns por uma razão, outros por outra...já vi muitas reportagens sobre quem vive nas ruas, muitos passaram por grandes dificuldades, outros nem tanto...
Na minha opinião não devia ser permitido "viver" na rua, e não digo isto apenas porque não vendo é como se eles não existissem...
Lembro-me de um Natal, Santana Lopes era presidente da Câmara Municipal de Lisboa e mandou instalar na praça do Comércio 1 ou 2 tendas aquecidas onde quem vive nas ruas poderia tomar banho, mudar de roupa, dormir e ter refeições quentes...uns aceitaram e agradeceram, outros aceitaram apenas a comida e voltaram prás suas "casas", mas muitos disseram que viviam em liberdade e que não admitiam que alguém lhes impusesse regras...
Cada um com a sua razão, cada um com a sua opinião...
Beijinho :)
*já começaste a escrever o livro que ontem prometeste??? Estou à espera :p
Aplaudo este post, de pé.
ResponderEliminarSomos uns privilegiados,sim.
Como a Teté diz, é verdade que há quem se aproxime destas realidades também por cá, mas o que se vive pelo mundo fora é, de longe, bem mais grave do que o que esta crise acarreta a muita gente.
beijinhos
Os nossos dramas são peanuts quando comparados com tragédias a que assistimos todos os dias, Rui.
ResponderEliminarEra bom que muita gente pensasse assim.
Aquele abraço e um bfds
cantinhodacasa
ResponderEliminarParece mentira, mas é verdade, Maria ! O mundo não é o mar de rosas que se julga. É muito mais pobre do que se pensa !
Os “conceitos” como o de “crise” são muito relativos.
Os Estados são uma família em ponto grande. Se tivesses algum dinheiro amealhado e a tua casa te tivesse custado 500 mil, se tivesses um carro de 100 mil, um motorista, uma criada, um jardineiro, uma enfermeira particular, uma avença num advogado, se fizesses as viagens e férias que te apetecesse, pagar explicações aos filhos, comprar a roupa sem olhar aos preços e se só entrasse em casa 1500 € ao fim do mês, terias que ir pedir dinheiro emprestado e pagar os respectivos juros.
Ao fim de pouco tempo terias que vender tudo o que tinhas e despedir todo esse pessoal e com os juros em débito não terias sequer como fazer face aos pagamentos.
Temos que ter presente que é isso que acontece com o Estado. O dinheiro que lhes é posto à disposição pelos nossos impostos serve para pagar a educação, a saúde, a justiça, a segurança, a solidariedade social, etc.
Quando fazemos exigências reivindicativas de aumentos salariais, aumento de nº de professores, não estamos a fazer mais que a autorizar e impor, que o Estado gaste mais do “nosso” dinheiro. Se não o tiver terá que aumentar às receitas através de impostos novos.
Resumindo: os “nossos direitos e aquilo que era/é nosso” foi mal gerido, muitas vezes por imposição dos próprios portugueses que reivindicam !
Beijo
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maria
ResponderEliminarNada mais constrangedor que a “pobreza envergonhada” ! Daqueles que já viveram bem e hoje nada têm ! Tenho familiares que colaboram na distribuição de alimentação a quem necessite e é inimaginável o nº e tipo de pessoas que recorrem a esse tipo de solidariedade social.
Sobre os sem abrigo, fiquei surpreendido ao ler o link que eu próprio coloquei acima numa resposta à Teté :
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1723481
Sobre o “livro” :)), acrescentei lá mais um capítulo para juntar ao outro. :)))
Beijinho
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Nina
ResponderEliminarObrigado, Nina !
O que é um facto é que os conceitos de felicidade, bem estar, riqueza, são padronizados, baseados em padrões comparativos. Quem nunca viu uma boa mesa, boas roupas, um bom carro, quem nunca conheceu o que o mundo nos pode oferecer de bom, evidentemente que não aspira a nada disso. Apenas ao melhor do seu quotidiano ! Nós só nos sentimos pobres ou infelizes porque vemos que há quem tenha mais e melhor que nós !
Os nossos padrões são os do 1º mundo, dos 30 países melhores que o nosso e tendemos a esquecer a comparação com os outros 220.
Beijinho
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Pedro Coimbra
ResponderEliminarPor esses lados, os termos comparativos negativos são muito mais abundantes que por cá, caro Pedro ! Estas coisas são mais difíceis de entender para quem é menos viajado, especialmente por locais de 3º mundo !
Muitas vezes não dá sequer para pensar nisso, quanto mais avaliar !
As TV’s ainda vão mostrando, mas é diferente !
Abraço e bom fim de semana
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Passando pra ter notícias suas e deixar uns beijuuss n.a. com o desejo de um ótimo final de semana!
ResponderEliminarTudo é relativo, meu amigo, mas custa retroceder sobretudo para aqueles que se habituaram a um nível de vida que estão a ver desabar!
ResponderEliminarPor cá há muita gente a viver na rua e a ser apoiado por várias instituições e mesmo a Câmara de Lisboa em Invernos mais frios coloca tendas e fornece refeições aos sem-abrigo!
Vamos a ver como será este ano com tanta restrição na despesa!
Abraço
Regina Rozenbaum
ResponderEliminarOlá Rê ! Obrigado. Como se pode ver, tudo vai indo bem ! :))
Também para ti um beijinho e votos de bom fim de semana ! :)
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Rosa dos Ventos
ResponderEliminarÉ horrível, Rosa ! Amigos e familiares que investiram tudo o que tinham na criação de empresas, a empregar umas dezenas de trabalhadores e que pela falta de financiamento dos bancos, cujo dinheiro teve que fluir para pagar dívidas do Estado, tiveram que encerrar as empresas, perdendo tudo o que lá investiram e colocando no desemprego esses trabalhadores, é horrível.
Para diminuir o desemprego é preciso que haja quem abra empresas e não quem tenha que as encerrar. Para isso, a banca tem um papel fundamental !
Quanto à solidariedade social, por mim estou disposto a que o Estado utilize o meu dinheiro (dos meus impostos) para ajudar os mais necessitados, mas não para aumentar regalias a quem já tem o necessário.
Também “exijo” que se criem condições para que os privados possam constatar que poderão ter algum interesse em criar novas empresas que gerem novos postos de trabalho, para que diminua o desemprego. Para isso há que flexibilizar as condições do emprego !
Quem, nas condições de “garantias de trabalho actuais” estará disposto a correr riscos, sem conhecer muito bem os seus trabalhadores ?
Beijo