Este enigma teve como intenção fomentar o gosto pela pesquisa e pela leitura.
Sendo assim, era preciso primeiramente ter uma ideia mesmo que vaga do que tratava .
A dificuldade para iniciar a pesquisa seria saber o que era “coisas”.
A frase correcta é “Quatro Pernas é bom. Duas pernas é mau”, ou seja “animais sim, homens não”.
Colocando essa frase no google teríamos logo a indicação de que se tratava de um slogan de uma história com um elenco de personagens antropomórficas, de uma novela de George Orwell - “O Triunfo dos Porcos”, ou “Animal Farm”,
Pesquisando por “Animal Farm” por ex. verificávamos que se tratava de um romance alegórico daquele escritor inglês que satiriza a União Soviética Comunista na época de Stalin.
A “Trama” é esta:
A revolta dos animais contra os humanos é liderada pelos porcos Snowball (Bola-de-Neve) e Napoleon (Napoleão). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleon é seduzido pelo poder, afasta Snowball e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos.
A Quinta dos Animais rege-se por estes Sete Mandamentos:
1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.
Para os animais menos inteligentes, os porcos resumiram os mandamentos apenas na máxima "Quatro pernas bom, duas pernas ruim" que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas.
Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola de Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, o “perigo”, nestas sociedades é haver quem se distinga perante os mais ambiciosos e sedentos de poder.
A competência perde para a ambição! Napoleão expulsa-o do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola de Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco que, a partir daí, é considerado um traidor.
Napoleão apossa-se da ideia de Bola de Neve de construir um moinho de vento para gerar energia, mesmo havendo feito duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção.
Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, apontando essa ideia como mais uma invenção de Bola de Neve.
Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro:
4. Nenhum animal dormirá em cama, com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool, em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal, sem motivo.
7. Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.
O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando.
Napoleão é declarado líder por unanimidade.
As condições de trabalho degradam-se, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos, principalmente os proferidos por Garganta, um porco com especial capacidade persuasiva.
Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.
O slogan das ovelhas foi modificado ligeiramente :
“Quatro pernas bom, duas pernas melhor !”, ( a parte das “2 mau” inverteu-se) pois agora os porcos andavam sobre as duas patas traseiras.
No final, os animais, ao olhar para dentro de casa, já não conseguem distinguir os porcos dos homens.
Conclusão : As voltas e as reviravoltas a que “o poder” conduz !
Cá por fora é uma coisa, mas quando lá por dentro, é outra .
A competência de uns é anulada pela sede de poder de outros.
O que hoje se critica, passa a ser a “cartilha”, quando se está no poder !
É um prazer enorme ler este livro e procurar as semelhanças com os nossos políticos reais. :)))
Obrigado a :
NINA, ROSA DOS VENTOS, SONHADORA, LUISA, TETÉ, MARIA,.. CATARINA, EMATEJOCA..
Todas descobriram facilmente o enigma ! :))
INICIAL :
Quatro "coisas" é bom. Duas "coisas" é mau !
Este é um "slogan" de uma famosa sátira !
O que representa "coisas" ?
Quem escreveu e qual o nome dessa história no original e na tradução ?
É uma sátira a quê ?
.
"Todos os...são iguais, mas há uns mais iguais do que outros."
ResponderEliminarbeijinhos
Mandei por mail!
ResponderEliminarDeixar uma dica?
Well...é assim que se escreve?
Acho que tem um l a mais ou a menos... :-))
O triunfo dos bácoros (grandes). G.O.
ResponderEliminarAhhh os Pigs
ResponderEliminarLuísa
Patas? Já li o livro há muitos anos, mas deve ser qualquer coisa por aí... :)))
ResponderEliminarE, claro, a citação mais conhecida é a que a Nina deu! :D
E a sátira é a uma coisa que as pessoas associam ao Sócrates, mas que tem realmente pouco a ver com ele... :)))
ResponderEliminarNunca li o livro, nem vi o filme, mas graças aqui aos campeões dos desafios descobri tudo e fiquei com vontade de ler o livro...acho que o bola de neve deve ser um fofo eheh
ResponderEliminarBeijinho :)
Este é um dos livros recomendados creio que no décimo primeiro ou décimo segundo ano, não me recordo bem.
ResponderEliminarCatarina
Tenho que aparecer como anónima hoje.
Vale a pena ler, nequinha.
ResponderEliminarÉ hilariante esta fábula dos dias de hoje.:))
beijinhos para todos e tenham um dia lindo neste Dia da Criança, que também a nosso...ou não somos todos umas valentes crianças, quando nos encontramos neste blogue e sorrimos as nossas conquistas?
:)
Queria dizer "também é..."
ResponderEliminarTERESA/EMATEJOCA
ResponderEliminarO enigma era fácil, mas ontem não tive tempo para participar.
Quando estive a estudar inglês na Inglaterra, este era um dos livros, que nós, estudantes estrangeiros, erámos obrigados a ler.
É uma crítica feroz ao regime de Estaline.
Muitíssimo obrigada pelos parabéns, e é como tu dizes, Rui, mais vale tarde do que nunca.
Hoje, continuo a receber telefonemas dos amigos que não me apanharam ontem em casa.
Até mais tarde!