17/10/2010

A CRISE, O ORÇAMENTO E A ATITUDE

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Tarde e a más horas, finalmente, mas sem o confessar, o governo chegou à "dificílima conclusão" que pôs o país "de tanga" com todas as suas megalomanias, esbanjamentos, compadrios públicos e privados, demagogias, cegueira financeira e ouvidos moucos, teimosias face aos sucessivos avisos, péssima governação, incompreensíveis ignorâncias, incompetências e compreensíveis e insistentes mentiras para mostrar as coisas cor de rosa e manter a face, por motivos mais que óbvios !

O facto é que, segundo as sondagens, está a consegui-lo, o que para mim é o enigma dos enigmas !
Não há qualquer dúvida que temos o país e o governo que merecemos !
... e neste contexto, sinceramente, não se compreendem as queixas dos portugueses!

Agora, confronta-nos com uma situação, que encara como a mais natural deste mundo, apenas resultante de uma natural crise internacional de que fomos as vítimas indefesas !
Não confessa nem aceita, contudo, que em devido tempo não a soube contornar actuando de outro modo, de maneira a atenuar ou evitar o descalabro actual.

Vem agora, com toda a inocência e arrogância, apresentar um orçamento cheio de remendos incluídos à tôa e sem nexo, só para dar a ideia que está a fazer o que a oposição pede, sem possibilidades de grande retorno, como se a culpa fosse de todos nós e das oposições, passando-lhes a "batata quente" e responsabilizando-os pelas consequências da não aprovação, lavando as mãos como Pilatos.

Tenha-se em atenção que o PS quer é entalar o PSD, obrigando-o a aprová-lo assumindo o odioso da restante oposição, para gáudio do PS (que ainda se vai rir com isso), ou obrigando-o a reprová-lo assumindo o odioso das consequências políticas de que seremos todos vítimas !

O facto é que temos que apresentar um orçamento aprovado, sem o qual as consequências serão terríveis para todos nós. O governo sabe disso e ri-se na cara das oposições, sabendo que a estas nada será possível fazer !
Além de todos os adjectivos acima, revela ainda o de péssimo carácter !


Um pequeno exemplo (passe o exagero)- o governo pensava assim :


Será que, apesar de todo este flagelo imposto aos portugueses irá continuar a pensar e actuar do mesmo modo ? Deus e os portugueses nos livrem !!!
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6 comentários :

  1. O pior, meu caro Rui, é que provavelmente PSD e CDS fariam igual, que a panelinha já dura há anos e é de eles todos!

    Estou isenta dessa crítica, que há muitos anos não voto no "centrão". Mas como democrata tenho de me sujeitar às (más) escolhas da maioria dos portugueses... :s

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  2. cantinhodacasa17/10/10 22:28

    Deus nos livre e guarde de tais obras.
    Já temos em exagero.
    Se acontecer, não sei ,não, mas vai ser a revolta total(?!)
    Apetece-me insultar esses sacanas todos.

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  3. Muita coisa terá que mudar quer do lado do governo, quer do lado das oposições, quer do nosso lado...
    Afinal estamos todos no mesmo barco e temos que nos salvar!

    Abraço

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  4. Teté
    Acredito que sim, mas lamento a ausência de sentido de Governo dos partidos de esquerda, mesmo que coligados ao centro, simplesmente porque não o querem.
    Tornam-se partidos apenas contestatários, recusando responsabilidades partilhadas.
    Ora, é um facto que de outro modo, não têm qualquer hipótese de aceder à governação.
    Simplesmente para apontar os males, também eu cumpro o meu papel !
    Também estou isento, porque não tenho “clube” e não votei nas últimas 2 ou 3 eleições e recuso votar em branco (não tem qualquer representatividade).
    De momento, não acredito em nenhum dos nossos partidos e muito menos em qualquer dos seus políticos.
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  5. cantinhodacasa
    Tenho a certeza que o pior ainda está para vir e as contestações de rua poderão vir a ser muito complicadas.
    Uma casa tem que ser governada de acordo com o que se tem e nunca gastar o que se não tem e ir buscá-lo aos bolsos dos outros !
    Governar um país não é assim tão diferente como governarmos a nossa casa !
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  6. Rosa dos Ventos
    Para já, muita coisa vai mudar do nosso lado, Rosa.
    Depois de gastar o que se não tem é muito fácil dizer que já não se tem. O problema foi terem entrado numa loucura megalómana de gastos, como se fossemos um país dos ricos.
    Foi uma governação de gastar, para gastar ! ... e agora vêm dizer que “acabou”, que não há quem empreste mais e que a dívida é enorme ao ponto de crescer a todas as horas que passam !
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