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Sou muito mais "ligado" às Ciências e aos números, que às Letras.
Quem sou eu, portanto, para me arvorar em "crítico" literário ?...
Há porém uma coisa que não gosto : Fazerem-me sentir parvo ! Posso gostar ou não gostar, mas sentir-me achincalhado, insultado e gozado pela minha "ignorância (?)", não gosto !
Vem isto a propósito de Jorge de Sena.
Este indivíduo escreveu o que de pior se pode escrever contra os portugueses e o país que o viu nascer.
Os seus textos poéticos (cliquem nos links):
"
A Portugal" e "
No país dos sacanas" são do pior que se possa imaginar de insultuoso a mim, a Portugal e aos outros portugueses; "
A Diferença Que Há" (entre os estudiosos e os poetas) torna-se ridícula e revoltante pela arrogância "do ser" poeta!
No último verso, reconhece, mas confessa:
"O mal está em haver poetas que abusam do analfabetismo".Nasceu em Lisboa, a 2 de Novembro de 1919 — e faleceu em Santa Barbara, Califórnia, a 4 de Junho de 1978) foi poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário português.
Em 1937, entrou para a Escola Naval, após o que foi demitido da Armada. Exilou-se no Brasil em 1959, naturalizou-se brasileiro em 1963 e mudou-se, apenas 2 anos depois, para os Estados Unidos em 1965, onde veio a falecer em 78.
Seria pelo simples facto de ter sido opositor ao regime que em 11 de Setembro de 2009, os seus restos mortais fossem trasladados de Santa Barbara, Califórnia, onde estavam depositados desde 1978, para o cemitério dos Prazeres em Lisboa, depois de cerimónia de homenagem na Basílica da Estrela, com a presença de familiares, amigos e do Primeiro-Ministro, José Sócrates, e da esposa do Presidente da República, Maria Cavaco Silva ?
Um indivíduo que é expulso do serviço militar, que decide mudar de Nacionalidade, é condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique por serviços prestados à comunidade portuguesa e recebeu, postumamente, a Grã-Cruz da Ordem de Sant'iago !!!
Será que o simples facto de não percebermos o que outros escrevem, nos torna inferiores perante a sumidade dos "emissores", deuses da sabedoria, carregados de inteligência e valor e dignos de colocados num pedestral, para serem venerados ?
Ele escreveu entre muitas outras coisas, "
Quatro Sonetos a Afrodite Anadiómena", dos quais postarei o 1º(só como ex.). Poderão ler os restantes no link acima. "No País dos Sacanas".
"I - PANDEMOS"
Dentífona apriuna a veste iguana
de que se escalca auroma e tentavela.
Como superta e buritânea amela
se palquitonará transcêndia inana!
Que vúlcios defuratos, que inumana
sussúrica donstália penicela
às trícotas relesta demiquela,
fissivirão boíneos, ó primana!
Dentívolos palpículos, baissai!
Lingâmicos dolins, refucarai!
Por manivornas contumai a veste!
E, quando prolifarem as sangrárias,
lambidonai tutílicos anárias,
tão placitantos como o pedipeste.
PS.:
Percebi perfeitamente : "a, de que se, e, como, se, e, que, que, às, ó, por, a, e, quando, as, tão, como o" !!! ... embora não compreendesse o sentido. :((
Será pelo simples facto de se escreveram palavras que "ninguém" entende que tornam o escritor uma sumidade ?
Se me dão licença, vou ali ler outros, “verdadeiramente notáveis", para ver se aprendo alguma coisa, porque ou estou a ser abusado, ou serei de facto "analfabeto" e saber isso, é muito desagradável, até porque ele confessa que há "poetas" que abusam dos analfabetos. :((((
Se alguma "alma caridosa", mais esclarecida que eu, estiver na disposição de me elucidar, agradeço !
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