25/02/2010
A CRISE FINANCEIRA NA GRÉCIA
Segundo a Associated press
(actualizado 3:06 ET 24 de Fevereiro de 2010)
Na Grécia, cerca de 50.000 manifestaram-se em greve contra o plano de austeridade do governo, com cortes orçamentais exigidos pela União Europeia, que visam atenuar a crise da dívida do país.
Grupos de jovens anarquistas vandalizaram bancos e lojas comerciais vendo-se confrontados com a polícia, como as imagens mostram.
O governo de Atenas está a lutar para acalmar a crise e temem-se os reflexos para outros países em situação financeira próxima, como Portugal, Espanha e Itália.
Pesquisas de opinião pública sugerem que os gregos deveriam realmente reconhecer a necessidade destas medidas dolorosas, que têm que ser tomadas, custe o que custar.
Novas pressões para cumprir a sua promessa de controlar os níveis de endividamento do país aumentaram ontem, com a notícia de que poderia baixar de novo, o rating do país, dentro de um mês.
A Grécia já impôs grandes cortes de gastos, mas há grande pressão da UE para cortar aos salários dos funcionários públicos.
O euro poderá, por tudo isto, vir a afundar-se face ao dólar.
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Os portugueses deverão ter presente que a nossa situação não está muito distante da grega e há que manter os “cintos apertados” e muita calma e paciência para ultrapassar uma situação que veio sendo gerada de ânimo leve em toda a Europa, nos últimos anos, com esbanjamentos (à grande) muito para além do que seria possível e lógico e de que os resultados poderão vir a ficar à vista, não tardará muito tempo.
Este governo, que não tem ajudado em nada e absolutamente ciente da situação, pretende apenas sobreviver e não poderá “esconder” por muito mais tempo a nossa real situação.
Já é, no entanto, mais que tempo, para que nos deixemos de politiquices e intrigas partidárias irresponsáveis.
O mal está instalado, há que ter consciência disso e há que saír dele custe o custar, mas com custos sociais que serão enormes.
Ninguém poderá “atirar a primeira pedra ou lavar as mãos, como Pilatos”, porque todos foram responsáveis à sua maneira.
O vendaval, infelizmente, está longe de ter terminado..
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Olá Rui.
ResponderEliminarExactamente, o vendaval está longe de ter terminado e espero expectante aquilo que nos espera. Pese embora tenha consciência de nestas coisas quem paga é sempre o mesmo...
Forte Kandando
Olá Kimbanda.
ResponderEliminarCreio não estarmos muito longe das crises sociais que se estão a passar na Grécia.
Lamentável que os esforços e privações que irão ser exigidos, não venham a ser proporcionais a todos os portugueses.
Por parte da classe política (toda ela), governamental, legislativa e institucional, não se notam sinais de cedências neste campo e isso poderá vir a saír-lhes caro.
Grande Abraço
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Estou a ver que o assunto hoje por aqui é muito profuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuundo. Um grande buraco!!!!
ResponderEliminarVi na TV que na Grécia querem aumentar a idade de reforma para os 63. Aqui, fomos burlados, já que a aumentaram para os 65 na FP.
ResponderEliminarEntretanto o governo nada faz para tirar o país da crise.
Swt
ResponderEliminarO assunto é muito mais grave que o que possa parecer. O futuro irá mostrá-lo.
Os “buracos” e não só em Portugal são enormíssimos e a saída vai ser penosa.
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Luis. (vou ser longo...)
ResponderEliminarA idade de reforma, na Grécia, está actualmente nos 65 anos para os homens e nos 60 anos para as mulheres e há forte pressão da U.E. para colmatar essa disparidade, entre sexos.
Os gregos reconhecem que o sistema de segurança social, foi a maior conquista dos trabalhadores, mas está ameaçado de colapso e não há outra solução.
Vai haver um aumento de dois anos no limite médio da idade de reforma que passará para 63 anos para os homens e mulheres, gradualmente (durante 5 anos) até 2015, como aqui aconteceu quando as mulheres viram também aumentada a idade de reforma, dos 60 para os 65, dos homens.
Os FP, não têm razões para se manterem diferenciados dos não FP.
Na Grécia só não aumentam já para os 65 ou 67 para não criarem mais impacto negativo nos gregos e porque isso é gradual. Passarão mais tarde, sucessivamente, para esses 2 níveis.
Foi ainda anunciado que o sistema de reforma antecipada vai acabar, pois traz imensos custos para o Estado. Nesse sentido, o governo pretende abolir todos os incentivos à reforma antecipada, incentivando os trabalhadores a manterem-se empregados mais tempo.
Segundo eles terão que modificar o sistema de pensões para o manter vivo.
Ainda sobre este assunto é bom recordar que ontem, a Alemanha decidiu que vai também aumentar de 65 para 67 anos.
Esta mesma medida foi rejeitada (!!!) por Portugal apesar de o nosso país ter um défice muito maior para combater, mas não irá conseguir manter essa posição sem sérias consequências. É uma leviandade.
A Alemanha, com todo o seu poder, vai assim, tomar uma medida que Portugal rejeitou !
Anteontem a OCDE disse que a Espanha não tinha outra alternativa senão fazer o mesmo, para os 67 anos e que isso era absolutamente essencial. Não lhes restará outra solução.
Todos nós temos que ter presente que os tempos mudaram, a longevidade aumentou imenso e ninguém (país) se pode dar ao luxo de ter uma % tão elevada de população em situação de reforma, com a população activa a descontar para os reformados.
Temos que compreender que não há dinheiro que chegue !
O nosso governo só não o faz por falta de coragem, leviandade e atitude política no sentido de tentar continuadamente “agarrado ao poder”, porque tudo que terá que ser “obrigado” a fazer não dará votos a ninguém
Isto, até para mim, não é nada simpático de dizer, mas tem que ser dito e compreendido.
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os brasileiros tinham que se mobilizar assim. Somos muito pacatos, por isso que os governantes fazem da gente gato e sapato.
ResponderEliminarFOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja uma boa noite para você.
Saudações Florestais !
Rui:
ResponderEliminarO Estado deixou de depositar a sua quota parte na CGA...Comporta-se da mesma maneira que alguns patrões que não pagam à S.S.
Claro que o sistema vai entrar em rotura,principalmente,por causa disto. Obviamente, há aspectos que têm a ver com a diminuição da população activa que virão a ser decisivos. Percebo quase nada de economia...mas em Portugal, a questão é política...
Olá Silvana.
ResponderEliminarEstou de acordo, noutros casos que o Brasil tem pela frente. O povo tem o direito e o dever de se mostrar contra e de se manifestar.
Neste, a questão é muito especial. É um caos. Não sei, não, se numa situação destas devessem tomar posição idêntica, geradora deste tipo de violência.
Bjs.
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Luis.
ResponderEliminarSe se continuar assim, sem alterações, é certa a rotura e o caos, dentro de poucos anos.
Hoje em dia a política assenta fortemente na Economia. Só com uma Economia forte se poderá pôr em prática uma boa política. Se ela (economia) "falha" a política não pode fazer nada. Os idealismos não resolvem estes tipos de situações.
É como em nossas casas: os ideais, as boas intenções, podem ser muito nobres, mas se não houver dinheiro a entrar, a família passa fome e revolta-se !
Que fazer então ?... trabalhar mais, procurar novas fontes de rendimento, novos empregos, não se exceder em gastos supérfluos, poupar mais,... para que chegue para comer !
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Depois de ler o post e todos os comentários, gostaria de acrescentar que não queria nada que os portugueses tivessem as mesma reacções dos Gregos.
ResponderEliminarMas também gostaria que os governantes não fossem tão arrogantes e, de forma delicada, subtil, assumissem as falhas, a crise, e tentassem, no que lhes diz respeito, retirar pelo menos metade das regalias que têm.
Falem menos, ajam mais os partidos da oposição e tentem chegar a um consenso para que possámos todos aguentar os tempos que aí vêm.
O meu salário já esteve congelado 3 anos. Vai ficar por mais 3/4 anos.
Não me queixo.
Oxalá todos tenhamos consciência de que precisamos de trabalho, de combater corrupção e ajudarmos na construção de um país que viveu muitos anos à sombra da UE.(Não entendo nada de economia nem politicas económicas, mas é o que sei dizer).
Beijinho
Olá Cantinho
ResponderEliminarNão há muito mais a acrescentar ao muito que já foi dito.
Apenas que, precisamente ontem, o governo determinou que o Sector Empresarial do Estado (SEE) deve respeitar as orientações salariais adoptadas para a função pública, congelando os salários e outras matérias pecuniárias que tenham repercussões nos próximos anos,
Esta era uma medida que se impunha (e que eu falei acima) para bem da equidade, bem melhor que as medidas propostas lá fora, de redução salarial.
Todos nós temos que ter consciência que qualquer empresa do sector privado pode fechar de um momento para o outro, os empregados ficar no desemprego e os subsídios duram pouco tempo.
Felizmente que, para já, o sector público (FP) ainda pode manter esperanças de que isso não possa acontecer com eles, o que já é muitíssimo bom.
Não estamos em tempo de "exigências", temos que compreender, que outros estão bem pior e devemos estar solidários com o mal dos outros.
O problema político, da governação ? Ah ! ... Isso já é outra coisa !
Temos muitas razões para estar revoltados com toda a “imagem” (e sabe-se lá que mais) que eles têm transmitido.
... mas isso, é outra questão.
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Comecem por cortar nos salários e mordomias dos politicos... Entre estes, as reformas escandalosas e os dinheiros que vão para fundações particulares...
ResponderEliminarDepois por para fora todos esses gajos chupistas que vivem da palmadinha nas costas, a dar e a receber...
Deixem lá sossegadito quem trabalha... Os que não o fazem, metam-nos na rua também...
Alguém recupere a palavra VERGONHA, que é o que falta nesta espécie de país...
É isso, que me parece seja uma atitude que eles não irão poder evitar, embora lhes custe muito a aceitar.
ResponderEliminarAnteontem, o governo já determinou que o Sector Empresarial do Estado terá que seguir o que foi determinado para a função pública, congelando os salários e outras matérias pecuniárias que tenham repercussões nos próximos anos,
Esta era uma medida que se impunha, até porque o exemplo já começa a vir de lá de fora.
DESAVERGONHADOS são que chegue, mas creio que vai ter que mudar.
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Não vai!
ResponderEliminarVão fazer umas coisitas, para "fazer de conta" porque até fica bem, mas nada de profundo!
Basta ver que o dinheiro que meteram no BPN foi só para garantir que os grandes sacavam de lá o seu! Não meteram nem mais um centimo.
É tudo assim.
De onde vem a fortuna que dizem que o Sócrates tem agora se nunca se conheceu ninguém rico na familia? Eram quase uns pés rapados e agora tem uma fortuna que herdou?
Epá!
Só acredita quem quer, especialmente se juntarem as pontas todas... Não há uma que não cheire mal. Essa é a verdade!
Mas são todos iguais, ou duvidas? PS e PSD, tudo a mesma coisa... E o povinho vai lá votar alegremente... E nos outros, poucos, muito poucos, escapam... e é até ver, que depois de lá estarem não sei se resistiriam...
Entretem-te mas é a degustar uns morangos...
;)
Concordo perfeitamente com tudo. Não sou ingénuo, muito menos em políticas.
ResponderEliminarSou complectamente apartidário e o problema é mesmo não ver ninguém com possibilidades, competência e honorabilidade para nos governar !
Entretanto,... restam-nos uns moranguinhos,...
rsrsrsrs
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Rui,
ResponderEliminarToda a gente merece o beneficio da duvida, mesmo aqueles que, à partida, desconfiamos... Agora, votar em quem já demonstrou que é falso, só porque os outros (talvez) também sejam... já ultrapassa a minha inteligencia... mas compreendo que haja quem gosta... Isso não me custa nada, ainda que seja contra toda essa cambada que vive à custa do dinheiro que é de todos e que devia servir todos e não só uma parte...
Sabes que mais?
Come lá os morangos e passa à costeleta que sabe tão bem... depois de... dos morangos...
;)
Rui,
ResponderEliminarEsqueci-me!
Desculpa...
Três grandes abraços (e para o ano há mais...)
;)
Olha Miguel.
ResponderEliminarResumindo: "abaixo os políticos" !!!... vivam os morangos (antes) e as costeletas (depois)!
rsrsrsrs
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Só antes?
ResponderEliminar:)
Tens razão. Antes, durante, ...
ResponderEliminarrsrsrs
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