02/11/2009

PARADOXO ( GRIPE A )

.


Há dados estatísticos que evidenciam o início da subida da curva epidémica, principalmente na faixa etária do 4 aos 14.

Os hospitais e centros de saúde estão ainda a ritmo lento, mas os serviços vão começar a sentir os efeitos da epidemia quando for ultrapassada a chamada "linha cinzenta" (30 casos por 100 mil pessoas) e mais "a sério" quando se chegar aos 90 possíveis previstos.

Os alunos com síndrome gripal, afastados das escolas durante sete dias, para evitar contágios, necessitarão da presença dos pais, que eventualmente estarão também em risco. Ora estes, continuam a necessitar de “atestado médico” para poderem ficar em casa a acompanhar os filhos doentes.

Para já é um problema meramente administrativo (sem grandes riscos). Não é ainda um problema médico, mas poderá vir a sê-lo, se e quando, num futuro próximo, os casos de gripe A nas escolas se começarem a multiplicar.

O "paradoxo" é que não faz sentido que, por um lado, as autoridades aconselhem as pessoas a ficar em casa e, ao mesmo tempo, as obriguem a ir a um centro de saúde obter uma declaração médica, com a habitual e neste caso até justificada burocracia, durante várias horas na proximidade de dezenas de pessoas, muitas delas com debilidades, porque não bastará chegar ao balcão, pedir e levar !
.

Quadro da deferença de sintomas:

.

11 comentários :

  1. Está tudo doido !!!!!!
    Uma gripe é uma gripe.
    Quantas vezes os filho têm 38/39 de temperatura?
    Porque raio é necessário fazer coisas diferentes ?????????????

    ResponderEliminar
  2. cantinhodacasa2/11/09 18:39

    O Paulo tem razão.
    Agir como se age quando se tem uma virose.

    Bj

    ResponderEliminar
  3. Eu gostava de compartilhar esse ponto de vista, Paulo, mas não creio que seja bem a mesma coisa. Esta gripe tem características bastante diferentes em termos de "intensidade" de sintomas e consequências, embora pouco letais.
    Concordo que há um exagerado pânico.
    Em casos de sintomas prováveis, o melhor é ficar em casa enquando durarem os sintomas e não correr para os centros de saúde ou hospitais.
    .

    ResponderEliminar
  4. Olá Cantinho.
    Eu tenho acompanhado este assunto desde o início (fins de Abril) através da Gripnet ( http://www.twitter.com/gripenet ) que reune cerca de 40 mil pessoas,entre as quais eu próprio, como participante, com respectivas sondagens, testemunhos, estatísticas oficiais, etc.
    Eu sei que o pior é instalar-se o pânico, mas há que ter consciência que o assunto é demasiado grave para ser encarado levianamente.
    .

    ResponderEliminar
  5. Afinal o que tem esta gripe de especial?

    É mais forte?

    "Em casos de sintomas prováveis, o melhor é ficar em casa enquando durarem os sintomas e não correr para os centros de saúde ou hospitais",

    ... sem dúvida, o tratamento é mesmo muito diferente de uma gripe normal...(ironia, sim)!!!
    lol...lol...

    :)

    ResponderEliminar
  6. Paulo,

    Diferenças, ou grau de gravidade
    entre os 2 tipos de gripe :

    ............Gripe Comum VS Gripe A

    Febre.........Menor que 39 maior que 39
    Dor de cabeça Mais intensa Menos Intensa
    Calafrios ....Esporád......Frequentes
    Cansaço ......Moderado ....Extremo
    Dor garganta..Forte........Leve
    Tosse ........Pouco intensa.Seca/contínua
    Muco .........Congestionado.Pouco
    Dores muscul..Moderadas ...Intensas
    Ardor olhos...Leve.........Intenso

    Maior problema, se chega a pneumonia.

    (nota: é difícil colocar este quadro)

    Não é uma questão de tratamento, salvo nos casos graves, mas sim um problema de fácil contágio a terceiros e gravidade na intensidade dos sintomas.

    Ficar em casa porque o contágio é de possibilidade extrema.
    .

    ResponderEliminar
  7. se sem epidemia(?) há quem abuse dos atestados... vai ser lindo!

    ResponderEliminar
  8. Exactamente.
    Daí a criação do dito "Paradoxo", na realidade engendrado (e diga-se: com toda a razão) pelas entidades patronais.
    O problema anda à volta do "pagar ou não pagar" as ausências ao trabalho. As entidades patronais, logicamente não estão para isso (e muito bem) e pretendem é que seja a Segurança Social a suportar esse encargo.
    Os atestados deverão servir, posteriormente, exactamente para esse fim.
    .

    ResponderEliminar
  9. Peço desculpa.

    O link que indiquei acima,

    http://www.twitter.com/gripenet

    é o do twitter da Gripenet (muito interessante).
    O que eu pretendia informar era o do acesso à Gripenet.
    Uma vez feita a adesão, semanalmente é recebida uma newsletter actualizada com dados mundiais e oficiais e na qual preenchemos / enviamos um questionário de cruzinhas.

    É este : http://www.gripenet.pt/

    que recomendo subscrevam. É um serviço público !
    .

    ResponderEliminar
  10. cantinhodacasa3/11/09 22:11

    Rui eu concordei com o Paulo, mas sei que ao mínimo sintoma se deve focar em casa e, até ter a certeza de que não é gripe A.Até porque sou professora e estou sujeita a contraí-la. O que acho é que as pessoas devem prevenir-se sem entrar em pânico.
    E tenho uma criança por casa que pode trazê-la também.
    Só isso.
    Beijinho

    ResponderEliminar
  11. Cantinho, deixe-me acrescentar mais alguns dados e desculpem-me a sua extensão :

    O pânico é o maior inimigo e poderá criar grandes problemas, pelas corridas aos centros de saúde, originando mais contágios que os esperados.

    A solução é pois, não entrar em pânico, ficar em casa aos primeiros sintomas, tomar precauções no sentido de evitar o agravamento dos sintomas, e o contágio aos familiares. Evitar a pneumonia será o principal objectivo.

    Constatou-se recentemente que há uma nova estirpe para além da, ou das, previstas que é o S-OIV.

    O grande problema é poderem ocorrer mutações ou aparecerem novas estirpes de vírus que poderão originar um agravamento inesperado e repentino da situação, que a verificar-se, poderá originar sintomas mais dolorosos e mais mortes que a situação actual prevê.

    Dado que as pessoas que já passaram por situações de epidemias de gripe com estirpes de vírus deste género, ocorridas em 1957 e 1995, se podem considerar de certo modo imunizadas, poderemos considerar 3 tipos de pessoas em risco: até aos 14 anos (risco maior), dos 14 aos 60 (risco médio) e após os 60 (risco reduzido), salvo casos de pessoas com defesas abaladas por outras doenças .

    Há outro grande problema lateral que é o das vacinas e das vacinações, mas isso tem que ser analisado fora do âmbito da gripe em si mesma.

    As grandes dúvidas sobre as suas (há vários tipos) eficácias e sobre os alegados interesses das farmacêuticas, mantêm-se ou porventura têm-se agravado.
    Não há garantias seguras que resolvam o problema e algumas delas poderão até agravar a situação.

    Mas como disse, este é outro campeonato, que não deverá fazer desviar as atenções dos cuidados a manter, relativos à gripe.
    .

    ResponderEliminar