Socorro-me de um conhecido provérbio Chinês :
Um camponês, pobre, mas sábio, trabalhava a terra, duramente, com o seu filho.
Um dia o filho, chega a correr, esbaforido e diz:
- Pai, que desgraça, o nosso cavalo fugiu.
- Porque falas em desgraça ? Veremos o que o tempo diz.
Alguns dias depois o cavalo regressa a casa acompanhado por uma égua selvagem.
- Pai, que sorte, o cavalo regressou e com outro cavalo.
- Porque falas em sorte ? Veremos o que o tempo diz.
No dia seguinte o rapaz montou o cavalo novo, mas como era selvagem e nunca tinha sido montado, encavalitou e deitou o rapaz ao chão, ocasionando uma perna partida.
- Pai, que desgraça, parti uma perna.
- Porque falas em desgraça ? Veremos o que o tempo diz.
Alguns dias depois passaram pela aldeia, uns enviados do Imperador, para recrutarem mancebos para a guerra. Viram o rapaz debilitado e passaram adiante.
O rapaz só então compreendeu o que o pai queria dizer:
Nunca se devem dar como absolutas as “desgraças” nem as “fortunas” .
Tudo é passageiro. O decorrer do tempo o mostrará.
Grande lição para todos aqueles que vivem numa constante angústia com as suas situações actuais. Nada que o tempo não resolva.
Quantas vezes acontece que, por ex., a perda de um emprego poderá constituir uma grande oportunidade para novos caminhos ?
Quantas vezes, uma outra qualquer perda, abre portas para novas situações, ainda melhores ?
Porque haveremos de teimar em viver tristemente o passado próximo ?...
Se é "passado" e triste, porquê relembrá-lo ? Só agravará a tristeza !
Vivamos o Hoje, o Agora, Este momento, com Esperança e Alegria , lutando pelos Objectivos e esquecendo os fracassos e as perdas!
Já repararam que se conseguissemos Ser Felizes em cada momento, Seríamos Felizes em todos os momentos, Seríamos Felizes Sempre ?...
.
Mas é difícil.... Quando ser era feliz "ontem" e "hoje" não, é difícil pensar no "amanhã"...
ResponderEliminarEra preciso não sentir... saudade...
Eu não direi que é fácil, mas temos que lutar por isso, focando-nos, com motivação, nas "coisas boas" que temos como objectivo.
ResponderEliminarO passado é passado.
O passado feliz, as experiências boas, são para saborear, mas pertencem ao passado, já não existem e não vamos impedir a nossa felicidade hoje, pensando nesse passado se ele põe em causa, negativamente, o nosso "agora" e muito mais, se num passado triste.
É muito importante, Missanguita! Passado é passado e está nas nossas mãos "Criar" um futuro a partir do "agora"! - FORÇA !!!
.
Fez-me bem esta leitura.
ResponderEliminarDe facto só podemos valorizar a felicidade quando a contrastamos com momentos menos felizes.
"Fez-me bem esta leitura."
ResponderEliminar... e que Feliz eu fico por isso, Swt.
Não é verdade que a nossa maior felicidade é fazer os outros felizes ?
Pelo menos, eu penso assim.
É no dar, que se recebe.
.
A saudade resulta da privação, o sofrimento contínuo de não ter, a nostalgia, por, outra lado, é “só” a tristeza de não já ter, lembrar o bom que já se teve e aceitar, normalmente com um sinal fisiológico, um sorriso.
ResponderEliminarPode não ser mau ter saudade desde que essa saudade não seja um elemento de bloqueio.
A falta de foco no que se sente hoje e no que se tem hoje não ajuda o avanço.
Penso no entanto que só poderá ser ultrapassada essa dificuldade legítima quando se está consciente do SER, do EU e não estar constantemente e inconscientemente a tentar completar as necessidades do EGO.
Uma solução possível é ter Objectivos definidos, plano de acção e capacidade para dar o primeiro passo.
Quando dizemos: “eu quero ser feliz”, estamos apenas a anunciar um sonho, um desejo.
Quando dizemos: “eu vou ser feliz” estamos também a anunciar um desejo.
Quando dizemos: “eu vou ser feliz e estou a dar este passo X", ou, "vou fazer este caminho”, estamos a enunciar finalmente um Objectivo e temos um plano, um caminho para lá chegar.
A sintaxe das nossas construções na comunicação (mesmo e especialmente na comunicação interna) é também um segredo que ajuda no avanço.
Porque falo nos objectivos?
Ter objectivos definidos e ter a consciência da nossa vida “hoje” facilita a saída da nossa mente de tempos passados, que não voltarão, para a possibilidade de dar o primeiro passo na direcção de algo novo.
Só há Objectivos quando há um motivo, uma motivação, o combustível que faz o nosso motor mental ter consciência do SER e do presente como ponto de partida.
A minha pergunta é:
vocês têm objectivos concretos para o futuro?
estão claramente definidos?
há plano de acção?
acreditam que os objectivos são possíveis de atingir?
são inteligentes?
são mensuráveis e estão delimitados no tempo?
Poix… !
:)
Paulo, ... impecável!
ResponderEliminarSWT,... fez "ainda melhor" a leitura ?
Missanguita,... "Voilá !" Destaco: "Pode não ser mau ter saudade desde que essa saudade não seja um elemento de bloqueio."
Sobre as questões colocadas pelo Paulo: meditemos e tentemos encontar respostas sinceras para cada uma!
.
Eu cá por mim, essa teoria dos objectivos fez-me inveja... não sou pessoa de fazer planos.
ResponderEliminarPor outro lado, sou, sim,num ápice, capaz de mudar certas direcções desde que não sejam em aspectos fulcrais, note-se!
"Há muito tempo atrás numa aldeia distante, um camponês tinha um cavalo muito raro e bonito. O cavalo era cobiçado por toda gente e até imperadores lhe ofereciam pequenas fortunas para ficar com ele. O homem recusava sempre pois era muito apegado ao cavalo.
ResponderEliminarOra, um dia, quando o camponês acordou e foi ao estábulo, viu que o cavalo não estava lá, tinha sido roubado.
Desde logo as pessoas da aldeia lhe disseram, "Vês, não quiseste vendê-lo e agora ficaste sem ele... podias estar rico", e o homem sempre respondia "Para já o que sei é que não tenho o cavalo, o resto não sei... não sei se é bom ou mau não o ter".
Quinze dias mais tarde, o cavalo voltou ao estábulo e a segui-lo estavam 10 cavalos selvagens de raça pura e valor inestimável. Logo se juntou a aldeia a dizer "Afinal tinhas razão, o cavalo voltou com mais 10!! Vais com certeza ficar rico! Que sorte!" e o homem sempre respondeu "Sei apenas que o cavalo voltou com outros, não sei se é bom ou mau!".
Quinze dias mais tarde, o filho do camponês, enquanto domava um dos cavalos, deu uma queda grave e fracturou a perna. Na altura os cuidados médicos eram reduzidos e era certo que o rapaz iria ficar com aquela lesão para a vida. De novo a aldeia disse "Foi uma maldição aqueles 10 cavalos! Agora o teu filho vai ficar marcado para a vida! Que azar que tiveste..." e o homem respondeu "Apenas sei que o meu filho está com a perna partida, neste momento não sei mais nada..."
Quinze dias depois, homens do rei vieram levar todos os jovens da aldeia para combater na guerra e a aldeia ficou sem os seus bravos, com excepção do filho do camponês que não podia servir. A aldeia chorava dizendo "Os nossos filhos foram levados! E vão com certeza morrer pois o inimigo é muito mais forte! Ao menos tu camponês tens sorte pois o teu filho ficou e poderá cuidar de ti na tua velhice... o que vai ser de nós?" de novo respondeu o homem "Apenas sei que o meu filho está comigo e que os vossos foram... neste momento nada mais sei...""
:)
tal como no proverbio, talvez a maior parte das pessoas viva "demais" o momento e por isso se esquecem do que pode vir a seguir e isso exemplifica quase sempre a reacção a palavras deste tipo.
ResponderEliminarno momento que são lidas todos concordam e acham que são muito importantes mas quando é realmente necessário relembra-las...
Depois de lidos o post e os comentários, e depois da história do Paulo, que eu conheço, quero dizer que Rui, coincidência, escrevi um post sobre o Natal.
ResponderEliminarSabe bem lembrar o passado mesmo que com alguma nostalgia, mas digo-te que. por enquanto, na minha família e apesar das perdas, continuamos a viver o Natal com alegria. Menos efusiva, mas com serenidade e amor.
A minha família gosta do Natal. Não podemos sacrificar esta convivência porque faltam alguns elementos.Estes estão dentro do nosso coração.
Beijinho
Os chineses têm uma filosofia de vida muito especial e diferente dos outros povos. Quando lemos este tipo de coisas ficamos realmente espantados com a “calma do chinês” !
ResponderEliminarÉ um facto que as “nossas” reacções aos acontecimentos, bons ou maus, nos fazem correr o sangue mais rapidamente nas veias e provocar reacções do tipo das do rapaz.
.
Olá Cantinho.
ResponderEliminarTambém para mim , o Natal é a verdadeira festa da família.
Certamente que passarei por lá (... para ler, note-se, não para a consoada).
Loool :)
.